segunda-feira, 18 de março de 2024

Para aula de quinta-feira (21/03), na Praça da Liberdade (às 8h)

 Solicitações para próxima aula, 21/03 (quinta-feira), na Praça da Liberdade

  • Entrar no canal do Teams da Disciplina (para organização de tarefas)

  • Criar um Blog no blogger e enviar o link pela tarefa no Teams

  • Postar no blog (links serão enviados pela tarefas no Teams)

    • uma pequena apresentação de si

    • desenhos feitos na Escola de Arquitetura (dois desenhos, sendo um externo e um interno, um deles com ponto de fuga central e outro com dois pontos de fuga, sendo um deles do hall)

    • Parágrafo "dialógico" (dialogando com ideias de outros colegas)  refazendo o parágrafo escrito em sala sobre as ideias que impactaram na conversa entre texto do Flusser e documentário O dilema das redes.

    • Passeio na Praça da Liberdade pelo Google, com referências abaixo.

        

Encontrar na Praça da Liberdade na quinta-feira, 21/03, às 8h, no coreto. Levar material de desenho (papéis, lápis, canetas e suporte rígido).



Passeio no Google Street View e pesquisa de referências

Todos devem fazer um passeio no Google Street View na região da Praça da Liberdade. A ideia é que vocês sejam capazes de distinguir a percepção sócio-espacial via representação (mediada por ferramentas digitais) da presencial (experiência imediata). Isso parece óbvio, mas abre muitas possibilidades para discussão.


Nessa visita pelo Google todos devem observar e fazer anotação de 3 lugares da Praça (própria Praça e entorno) (ou 3 olhares para um ou mais lugares):

1. identificando elementos espaciais que achem interessantes; 

2. identificando apropriações das pessoas;

3. identificando alguma transformação que tenha deixado o lugar mais aberto ao uso (para esse último devem recorrer ao histórico do Google Street View).

A ideia é que observem como vocês experienciam esses lugares pelo Google Street View e depois (na própria praça, que visitaremos durante a aula) como experienciam presencialmente o espaço físico para discutirmos representação e experiência (contemplação e engajamento corporal / espetáculo e experiência), e também que isso sirva para aprofundar a discussão sobre o potencial dos espaços (não só constatação do existente).


Depois de terem feito o passeio não presencial pelo Google Street View e identificado os 3 tipos de lugar, sugerimos que vejam os conjuntos de referências abaixo.


Um primeiro é um levantamento feito pelo grupo urb i, usando imagens do Google Street View, de 41 espaços públicos que foram transformados, passando de meros espaços de circulação (antes) a espaços realmente de uso público (depois da transformação). A ideia é que vocês comecem a olhar para os espaços públicos imaginando seu potencial e não apenas registrando a situação atual. 

http://www.techinsider.io/urbi-before-after-gallery-2015-8?utm_content=bufferb2caf&utm_medium=social&utm_source=facebook.com&utm_campaign=buffer-ti 


Um segundo conjunto de referências (abaixo) traz fragmentos de textos para estimular a discussão sobre a experiência da representação e a experiência da cidade. 


Do rigor na ciência (Jorge Luis Borges)


“… Naquele Império, a Arte da Cartografia logrou tal perfeição que o mapa de uma única Província ocupava toda uma Cidade, e o mapa do Império, toda uma Província. Com o tempo, esses Mapas Desmedidos não satisfizeram mais e os Colégios de Cartógrafos levantaram um Mapa do Império, que tinha o tamanho do Império e coincidia pontualmente com ele. Menos dedicadas ao Estudo da Cartografia, as Gerações Seguintes entenderam que esse dilatado Mapa era Inútil e não sem Impiedade o entregaram às Inclemências do Sol e dos Invernos. Nos desertos do Oeste perduram despedaçadas Ruínas do Mapa, habitadas por Animais e por Mendigos; em todo o País não há outra relíquia das Disciplinas Geográficas.”

[Suáres Miranda: Viajes de Varones Prudentes, Livro Quatro, cap. XLV, Lérida, 1658.]

*Tradução livre de Marcelo Terça-Nada do texto de Jorge Luis Borges originalmente publicado na primeira edição de Historia Universal de la Infamia (Buenos Aires, 1946).


O que limita a representação? (Roland Barthes)


Brecht punha roupa molhada no cesto da atriz para que seu quadril tivesse o movimento certo, aquele da lavadeira alienada. Tudo bem, mas estúpido também, não? Pois o que pesa no cesto não é a roupa, mas o tempo, a história, e como representar tal peso? É impossível representar o político: ele resiste a qualquer cópia, mesmo quando você se vira para lhe dar ainda mais verossimilhança. Contrariamente à crença inveterada de todas as artes sociais, onde começa a política é onde cessa a imitação.

[Roland Barthes, Roland Barthes by Roland Barthes, London: Macmillan, 1988, p. 154.]



O mapa não é o território (Gregory Bateson)

Dizemos que o mapa é diferente do território. Mas o que é o território? Operacionalmente, alguém saiu com uma retina ou instrumento de medida e fez representações que depois foram passadas para o papel. O que está no mapa em papel é uma representação do que estava na representação da retina do homem que fez o mapa; e quando empurramos a questão ainda mais para trás, o que se encontra é uma regressão infinita, uma série infinita de mapas. O território nunca chega a entrar. [...] O processo de representação sempre filtra-o, de modo que o mundo mental é apenas mapas de mapas, ad infinitum.

["The Map Is Not The Territory," 2002-2006 – Gregory Bateson (1904-1980), Anthropologist, Cyberneticist, Linguist, & Social Scientist]


Para atualização sobre os avanços da representação no Google Maps vejam: "Google Maps: recurso usa IA para mesclar imagens e gerar visão mais imersiva dos locais"


Para a discussão sobre representação na arquitetura e as possibilidades de sua superação enquanto paradigma (voltando o olhar para a interação e discutindo a inserção das novas tecnologias digitais nos processos de projeto) vejam o texto: BALTAZAR, A. P. Além da representação: possibilidades das novas mídias na arquitetura. V!RUS, São Carlos, n. 8, dezembro 2012. Disponível em: <http://www.nomads.usp.br/virus/virus08/?sec=4&item=1&lang=pt>

(Atenção: a interface do site é confusa. O artigo tem 4 "páginas", e a barra para passar para a próxima fica na parte superior)


Demais demandas 


  • Para a aula do dia 04/04 ler Filosofia da caixa preta: por uma filosofia da fotografia de Vilém Flusser (48 páginas, apenas texto)

  • Começar a leitura do livro Lições de arquitetura de Herman Hertzberger (272 páginas, ilustradas), concluir até final de abril.

  • Visitar Museu de Artes e Ofícios


Relembrando: Todas as aulas começarão às 8h (não 7h30 e 8h20)


Teams AIA 2024-1:

https://teams.microsoft.com/l/team/19%3alYQr74PxCtHaqYHH2bTMarm01NTeJdp8EIDBQSdPmAM1%40thread.tacv2/conversations?groupId=d31bee40-7921-4b59-a234-8c82274679c5&tenantId=64126139-4352-4cd7-b1fb-2a971c6f69a6


Blog AIA 2024-1: https://aia2024-1.blogspot.com/


Contato professores: professores.aia [arroba] gmail.com

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